quarta-feira, 14 de julho de 2010

O que não tem cura

Hoje senti que a dor da morte não tem cura. Pelo menos não algumas vezes. Ninguém aceita a morte. E, quanto mais dolorosa ela é para quem morreu, mais difícil aceitar.

Às vezes me acho estranha por sofrer até hoje a morte de alguém que se foi há sete anos. O estranho não é sofrer a morte; estranho é sofrer por causa do sofrimento da pessoa. É algo ainda muito nítido que eu não consegui apagar da memória. Eu preciso entender que o sofrimento acabou, que a dor acabou e que o espírito descansa em paz. Mas eu não entendo porque aquela situação vivida ainda me incomoda tanto, sempre que lembro!

E eu sei que o pior dia não foi aquele da morte desse alguém, mas aquele dia em que descobri que esse alguém iria morrer num curto tempo.

(Os detalhes da história foram omitidos para eufemizar a minha dor e não causar desconforto em ninguém).

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